quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A solidao se me adentra
inte' o fundo do carcanha'.
Aquiles nunca deu conta
Di anda' sem manca'.

Cupido ta' distraido
i atira sem oia'.
U'a frecha cravo im meu peitcho
Qui num consigo arranca'.

As vrige qui passa im vorta
I mi sorri sem para',
Eu mi prigunto se argum dia
uma delas vai fica'.

No labirinto, coitado,
O minotauro cansado
Di tantu nada incontra'.

Eu grito sem vois
E sem brio:
Ariadne, cade seu fio!
Si perdeu na escurida'?

Arguem mi ispera qui eu sei,
Mai num incontro a saida.
Ja cansei di pircura'.

O tempo passa sem pressa,
mai num para di passa'.

O Hercules leva o mundo,
Mai num sabe pronde vai.
Eu quero chega dipressa,
Mai num sei onde chega'.
Eu to cansado, e a vida eterna
Eu sei qui vai si acaba'.

Aloh! Aloh!
To ouvinu um murmura'
Du outro lado di la'.

-Tem gente ai?
Mai nun sei quem sera'.
Aloh! Aloh! Tem gente ai?
Este mundo e' um diserto,
Mai um dia vai chuve.

Aloh! Aloh! Tem gente ai?
Tem gente cum sede ai?
Eu tenho um copo, vazio,
mai um dia vai chuve.

Aloh! Aloh! Tem gente ai?
Tem gente cum sede ai?
Eu tenho um copo, vazio,
e a minha arma tumem.




Hugo Fernando Gonzalez Cappelli



Poema enviado pela querida amiga Maria Claudia (conhecida por todos por Mell ), mas esse poema foi escrito pelo seu amado Paizinho... 12/11/2010.

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